FRATURA DO QUADRIL
Estas fraturas costumam acometer pacientes mais idosos portadores de osteoporose, mas também podem ocorrer em pacientes jovens submetidos a traumas mais graves. Apresentam alto índice de mortalidade se não forem tratas com urgência por um cirurgião experiente.
As fraturas de quadril são uma lesão extremamente comum no idoso. O número de fraturas anuais de quadril foi projetado para ultrapassar 300.000 por ano até o ano de 2040. A fratura de um quadril pode levar à morbidade, uma mudança nos arranjos de vida ou morte. Taxas de mortalidade em um ano de 12% a 36% foram relatadas. Aproximadamente 22% dos pacientes requerem um maior nível de cuidado 1 ano após a fratura de quadril. Consequentemente, as fraturas de quadril são temidas pelos idosos.
O mecanismo predominante de fratura de quadril na população idosa é a queda da posição ortostática. Pessoas com osteoporose costumam ter outras comorbidades que levam a um aumento da taxa de quedas. Os idosos também têm maior probabilidade do que a população em geral de sofrer o tipo de queda que resulta em fratura de quadril. Pessoas com marcha mais lenta têm menos ímpeto para frente. Assim, quando essas pessoas caem, tendem a se dobrar e cair para o lado, tornando mais provável a fratura.
Prevenir quedas a longo prazo significa a rigor fazer profilaxia de doenças clÍnicas crônicas priorizando hábitos de vida saudável baseados em boa alimentação e atividades físicas de rotina.
A confirmação da queda, identificação clínica de dor em quadril ou pelve associada à impotência e eventuais deformidades ou encurtamentos do membro acometido, indicam encaminhamento imediato para atendimento de emergência ortopédico com acionamento de atendimento domiciliar para remoção do indivíduo de preferência em ambulância.
O idoso que cai e não consegue andar ou claudica (manca) referindo dor na virilha ou na coxa, deve ser avaliado por um ortopedista. Fraturas incompletas ou pouco desviadas podem permitir a deambulação dando a falsa impressão de não ter tido consequências mais serias. Continuar andando pode completar e/ou desviar a fratura implicando em maior gravidade na lesão e ou tratamentos mais complexos e com maior risco.
No contexto do diagnóstico e tratamento precoce pretende-se atingir o objetivo na abordagem médica destas fraturas que são: Cirurgia precoce, que inclui a fixação da fratura ou a substituição da articulação por uma prótese de quadril, dependendo da fratura. Fisioterapia e posição sentada o mais breve possível, a fim de trazer o idoso ao seu ambiente e rotina, evitando assim outras comorbidades como depressão, infecções oportunistas como urinaria e pneumonia, que são na maioria das vezes causa de complicações associadas a estas fraturas. Retorno ao convívio social.